A nova diretoria do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ/SC) esteve reunida, na manhã desta terça-feira, em Florianópolis, com magistrados que integram a 9ª e 10ª Coordenadoria da Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC), lotados nas comarcas da Capital e região. O encontro faz parte do projeto de aproximação da nova gestão com os membros do primeiro grau de jurisdição, que tem por objetivo apresentar os novos membros da cúpula do Tribunal, explanar sobre as principais ações do próximo biênio e ouvir os pleitos dos juízes de primeira instância.
Primeira a fazer uso da palavra, a presidente da AMC, juíza Jussara Schittler dos Santos Wandscheer, agradeceu a oportunidade, bem como parabenizou o presidente do TJ, desembargador Rodrigo Collaço, e demais dirigentes por valorizar e abrir esse canal de comunicação com a magistratura. Em seguida, Collaço agradeceu a presença de todos e iniciou a apresentação dos colegas de diretoria, passando a palavra para que cada um pudesse falar de maneira breve o trabalho desenvolvido em suas respectivas funções.
O presidente do TJ falou, ainda, dos projetos que estarão na pauta da próxima sessão do Órgão Especial, marcada para amanhã (21/3). Dentre eles, destaque para a proposta de correção da remuneração do cargo de técnico judiciário auxiliar; criação do segundo cargo de assessor para os juízes de primeiro grau; contratação de novos estagiários, com novo sistema de seleção; criação do Conselho de Gestão Jurisdicional; e aprovação do termo de cooperação técnica com o Tribunal Regional Federal (TRF) para implantação do sistema de movimentação de processos da Justiça Federal, denominado “e-proc”. “Tudo isso vem dessa nossa visão de que é preciso valorizar mais o primeiro grau, que vive uma situação menos ‘confortável’ do que no segundo grau. O nosso objetivo é dar melhores condições de trabalho para os nossos juízes de primeira instância”, frisou.
Collaço disse também que pretende promover mudanças no setor de comunicação do Poder Judiciário catarinense, ampliando a atual estrutura para, inclusive, atender a Justiça no interior do Estado, facilitando o relacionamento dos magistrados com a imprensa local para melhor divulgar as ações do Judiciário catarinense.”Queremos transformar o Judiciário catarinense numa ‘central de notícias positivas’”, assinalou. Ações na área de segurança dos fóruns e dos magistrados também foram apresentadas como prioridade da atual gestão. “É uma gestão que tem muito desejo de acertar. Teremos dois anos de muito trabalho, muita luta e de muitas transformações. Sabemos que toda mudança gera desconforto, mas precisamos enfrentar e para isso gostaríamos de contar com a colaboração de todos”, salientou.
Logo após, foi aberta a palavra para que os juízes pudessem apresentar os seus pleitos. Criação de uma Vara Regional Bancária para desafogar as varas cíveis; melhorias nas estruturas dos fóruns; segurança dos magistrados; aperfeiçoamento do mutirão de sentenças; e criação de força tarefa para digitalização de processos, para aliviar o montante de demandas no Juizado Especial Cível de São José, foram algumas das reivindicações. “Gostaríamos de parabenizar a atual gestão. Não contávamos com tantas mudanças já neste início. É um verdadeiro banho de entusiasmo num mar de tantas notícias ruins”, ressaltou o juiz Ezequiel Rodrigo Garcia, diretor do Fórum da comarca de Palhoça.
