Juízes destacam a importância do processo de vitaliciamento na carreira da Magistratura

Para encerrar a série de matérias, a Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC) colheu manifestação de Juízes que alcançaram a garantia da vitaliciedade na última quarta-feira, em decisão do Tribunal Pleno. Os novos Magistrados destacam a experiência vivenciada neste período, cujo aprendizado será de fundamental importância para o desenrolar da atividade judicante.

Segue, abaixo, a opinião sobre essa importante fase na carreira da Magistratura:

“Eu acredito que esse processo é indispensável para que haja um bom preparo para seguirmos na carreira. Foi muito importante o apoio da Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC), do Tribunal de Justiça, dos Juízes Corregedores e da Academia Judicial. Foi um momento de extrema importância, uma verdadeira ‘escola geral’, onde tivemos contato com matérias variadas, transformando-se numa experiência enriquecedora e contribuindo para a boa formação dos novos magistrados.”

Juíza Shirley Tamara Colombo de Siqueira Woncce, da comarca de Itajaí. 

 

“O vitaliciamento, uma das mais importantes garantias da Magistratura, representa uma conquista para este Magistrado, que tanto se esmerou durante os dois anos de estágio probatório. Representa também uma segunda aprovação (posterior ao ingresso na carreira) a ser celebrada, tratando-se de prerrogativa inerente ao cargo e que beneficia a sociedade. Estou muito feliz com o vitaliciamento e continuarei empregando a mesma dedicação e o mesmo empenho no exercício de meu nobre mister, a fim de que a Magistratura catarinense se torne cada vez mais forte e atenda, com celeridade, aos destinatários da tutela jurisdicional.”

Juiz José Antônio Varaschin Chedid, da comarca de Xanxerê

 

"O processo de vitaliciamento representa uma fase importante na vida dos Juízes, pois é início da carreira e momento em que descobrimos muitas novidades que nos acompanharão sempre. Neste período moldamos o Juiz que pretendemos ser, ajustando a maneira de conduzir os trabalhos no gabinete, de presidirmos as audiências e o trato com os colegas Juízes, Advogados, membros do Ministério Público e Defensoria, partes e todos aqueles que procuram socorro no Poder Judiciário. É um período de muito trabalho e que tivemos a oportunidade de fazermos um curso de pós-graduação pela Academia Judicial para o aperfeiçoamento da gestão judiciária, imprescindível para o melhor desenvolvimento da carreira."

Juíza Fernanda Pereira Nunes, da comarca de Anita Garibaldi.

 

"Como Juízes Substitutos temos a oportunidade de atuar em praticamente todas as áreas (Cível, Criminal, Infância, Fazenda Pública), sempre com a supervisão da Corregedoria e o auxílio dos colegas titulares, o que nos proporciona um conhecimento prático inigualável. O processo de vitaliciamento serve não só para o aprendizado, mas principalmente como forma de amadurecimento pessoal e profissional para enfrentar as questões das diversas áreas de atuação da Magistratura estadual. Exatamente este amadurecimento é que forma Juízes mais humanos e voltados à solução pacífica dos conflitos. Essa nova etapa que está por vir, após esses dois anos de vitaliciamento, certamente será de maior habilidade e leveza, tendo em conta todo o conhecimento acumulado."

Juíza Giovana Maria Caron Bósio, da comarca de Chapecó

 

“Nossa vida é feita de etapas, não sendo diferente na carreira da Magistratura. Inicialmente, antes mesmo de tomarmos posse, a etapa a ser vencida é a da aprovação, que se apresenta como a mais difícil. Ledo engano. A fase seguinte, a do período inicial, que coincide com a do vitaliciamento, é a que se apresenta como mais desafiadora, uma vez que se mostra repleta de novidades e nos apresenta a realidade diária de uma Justiça guindada a protagonizar os anseios da população que ainda vê nos juízes a última esperança para garantir seus direitos. No dia a dia, angustiosamente é que percebemos que não conseguimos protagonizar sozinhos essas aspirações. Diante das dificuldades desse período inicial da carreira, mostrou-se fundamental para o desempenho de nossa atividade com a responsabilidade, tranquilidade e sensibilidade exigidas, o auxílio do Tribunal de Justiça, que nos conferiu o suporte para enfrentarmos os novos desafios, por meio da Corregedoria-Geral da Justiça, da Academia Judicial e dos demais Juízes que diariamente estavam ao nosso lado. O Tribunal de Justiça nos instrumentou com diversos cursos e apoio irrestrito, a fim de que pudéssemos findar esse período inicial dentro das expectativas depositadas pela sociedade e pelo próprio Tribunal e para que também honrássemos a excelência da Magistratura catarinense. Não diferente foi o apoio da Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC) que, na pessoa do então presidente Sérgio Luiz Junkes, sempre esteve próxima para nos auxiliar nesse início. Além disso, o Diretor do Departamento de Apoio aos Juízes Vitaliciandos da Associação, Paulo Eduardo Huergo Farah, também sempre esteve à disposição para esclarecer as dúvidas que diariamente surgiam. Portanto, esse período de vitaliciamento representa a oportunidade de nos aperfeiçoarmos, uma vez que embora tenhamos o conhecimento jurídico, atestado pela aprovação no concurso, a realidade diária deixa evidente a necessidade da orientação próxima daqueles que já trilharam esse caminho. Assim, o principal aprendizado e significado que posso extrair desse período é que ele se mostrou fundamental para formar as bases para a futura carreira que está por vir, consciente das responsabilidades depositadas pelo Tribunal de Justiça e pela sociedade.”

Juiz Rodrigo Dadalt, da comarca de Xaxim

 

“A despeito do conhecimento técnico, toda e qualquer atividade a ser exercida pelo homem, principalmente no seu início, exige a necessária orientação de um profissional mais experiente. Isso porque o 'saber' nem sempre traz o 'como fazer'. E a atividade da Magistratura não é diferente! Muitas situações do dia a dia de um Juiz não estão nos livros, manuais ou na jurisprudência. Essa é a principal importância do processo de vitaliciamento. Recebemos, assim, preciosas orientações da egrégia Corregedoria-Geral de Justiça de Santa Catarina, na pessoa dos Excelentíssimos Senhores Juízes Orientadores, Magistrados experientes que foram designados para cumprir este mister. Agora, depois de quase dois anos de orientação e apoio, podemos dizer que já sabemos 'como fazer', ou seja, estamos preparados para, com serenidade, seguir o venerável ofício de entrega da prestação jurisdicional.”

Juiz Márcio Preis, da comarca de Pinhalzinho

 

Ao fim, a Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC), por sua Presidência, Diretoria e Conselhos, congratula-se com o grupo de 57 Juízes recém vitaliciados que, com honra e brilhantismo, ultrapassou o período de prova exigido à conquista de mencionada garantia constitucional.

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