Juiz de Direito de 2º Grau Altamiro de Oliveira parabeniza iniciativa da AMC: “É importante para quem está chegando próximo à aposentadoria se preparar para uma vida fora da atividade profissional”

 

A Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC) realizará, no dia 22 de março, a primeira etapa de um amplo programa de preparação para a aposentadoria, desenvolvido pela entidade. A organização do evento visa instigar os magistrados da importância de se preparar para o período de inatividade.

Dando seguimento a série de entrevistas com magistrados próximos da aposentadoria, a AMC entrevistou o Juiz de Direito de 2º Grau Altamiro de Oliveira. Ele afirmou que todos os magistrados enfrentam dúvidas de que caminho seguir após o fim da carreira e ressaltou a importância de ter um planejamento. Confira:

 

AMC – O que achou desta iniciativa da AMC, de promover um evento para discutir questões ligadas à aposentadoria? Qual a importância deste encontro?

Juiz de Direito de 2º Grau Altamiro de Oliveira – Achei ótima a iniciativa. É importante para quem está chegando próximo à aposentadoria se preparar para uma vida fora da atividade profissional. Muitos não sabem o que fazer quando sair do Judiciário.

 

AMC – Quais os seus anseios, dúvidas e expectativas ao ingressar nesta fase final da carreira?

Juiz de Direito de 2º Grau Altamiro de Oliveira – Creio ser a mesma dúvida da grande maioria dos magistrados. O que fazer? Quando você passa uma vida inteira trabalhando e, em um único emprego, em uma única atividade, acaba esquecendo que tem vida lá fora. Seus amigos se foram e sua vida social ficou reduzida. Quando a aposentadoria se aproxima, você começa a ver que há um abismo, uma dúvida muito grande. Fico mais um pouco, vou até os 70 anos ou vou gozar a vida fora daqui?

 

AMC – De que forma está se preparando para a aposentadoria? O que pretende fazer depois de deixar a magistratura?

Juiz de Direito de 2º Grau Altamiro de Oliveira – Eu, particularmente, penso ser diferente da grande maioria dos colegas. Possuo familiares na cidade de Florianópolis e aqui também vivi minha infância e adolescência. Aliado a isso, sempre fui desportista, jogo futebol, o que permite ampliar bastante o rol de amigos e de variadas profissões. Comprei uma casa no sul da ilha, mais precisamente no Ribeirão da Ilha. Local bucólico, de origem e tradições açorianas ainda preservadas, onde se pode pescar e ouvir boas conversas de pescadores e moradores mais antigos. Tenho também algumas conversas com amigos advogados, pois a advocacia após a aposentadoria, também não está descartada. Como projeto de vida pessoal, sonho em poder viajar pelo interior do país em um trailer, fazer convênios com municípios menos favorecidos e levar meus conhecimentos jurídicos para ajudar os menos aquinhoados. Não sei se chegarei a tanto, mas penso estar me encaminhando bem para aposentadoria.

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