Joaquim Falcão aposta em mais transparência, eficiência e combate a desvios éticos para reatar os laços entre magistratura e sociedade

A Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC) está em contagem regressiva para o seu tradicional Congresso Estadual de Magistrados 2012, no Plaza Itapema Resort & SPA, entre os dias 30 de novembro e 1 dezembro. Nesta edição, o encontro contará com diversas palestras e painéis, envolvendo assuntos pertinentes à Justiça e a sociedade, com a participação magistrados, cientistas políticos e especialistas em comunicação.

Entre os convidados está o professor Joaquim Falcão, diretor da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas e ex-conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que irá participar do painel “Justiça e Sociedade – o tema e seus desafios”, no segundo dia de atividades.

Entre as ideias que pretende explanar durante o congresso estão as formas de atuação do magistrado para melhorar o seu relacionamento com o cidadão. “A melhor maneira de estreitar as relações entre sociedade e judiciário não é através de marketing, de ações individuais de magistrados, de campanhas, ou de ministros do Supremo falando sobre processos para a mídia fora dos autos. A melhor maneira é aumentar a transparência judicial das decisões, ser mais eficiente, isto é, combater a lentidão interna, e transmitir a sociedade, a certeza de que os eventuais desvios éticos serão evitados”, destacou.

O painel também terá a presença do juiz Ingo Sarlet (TJ/SC) e da professora drª Maria Tereza Aina Sadek, com a mediação do desembargador Luiz Cézar Medeiros, presidente do Tribunal Regional Eleitoral. Quanto às expectativas para o encontro, o professor Joaquim Falcão acredita que será uma oportunidade para a troca de experiências entre os magistrados e demais segmentos da sociedade, com um objetivo comum para todos. “Existe um grande espaço na discricionariedade dos magistrados, seja no gerir de seus processos, seja na feitura das suas sentenças. Esta discricionariedade influencia certamente decisões mais justas e mais rápidas. Fundamenta a criatividade dos juízes e sua sintonia com o sentimento de justiça do brasileiro. Partilhar inovação e responsabilidade é parte do ofício, administrativo e jurisdicional, da magistratura. Todos ganham”, concluiu.

Confira o currículo do professor Joaquim Falcão:

Diretor de Direito da Fundação Getúlio Vargas/RJ;

Doutor em Educação pela University of Génève (1981);

LLM (Mestre em Leis) pela Harvard Law School (1968);

Graduado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC (1966);

Foi Conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (2005/2009);

Atuou como professor da PUC/RIO e da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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