Para Presidente do TRE/SC, independência jornalística e multiplicidade de fontes fortalecem a democracia
O Presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE/SC), Desembargador Luiz Cesar Medeiros, participou na manhã desta quinta-feira, 23 de agosto, do Simpósio Judiciário e Imprensa: convergência pela democracia, e palestrou sobre a importância da atuação da imprensa na cobertura das eleições. O Desembargador fez uma abordagem acerca da importância do trabalho das assessorias de imprensa para comunicar as decisões judiciais de interesse da sociedade e do relevante trabalho prestado pela Justiça Eleitoral à sociedade brasileira.
As dificuldades de relação entre Judiciário e Imprensa foram destaque. “O resultado do trabalho do juiz interessa a sociedade. Na Justiça eleitoral todos os dados são públicos. Nosso trabalho é analisar prestação de contas, crime eleitoral, registro de candidatura, a validade do tempo mínimo de um ano de vínculo partidário, e a aplicação da lei de Ficha Limpa. Ou seja, a sociedade tem o direito de saber e conhecer o conteúdo dos processos e nós temos a obrigação de repassar informações para a imprensa”, disse.
A respeito da liberdade de atuação dos meios de comunicação, o Desembargador ressaltou que por mais que o Judiciário seja fonte das informações, o jornalista tem sempre e liberdade para fazer sua própria e independente interpretação dos fatos. “Nós, os magistrados, às vezes ficamos irados com as informações que passamos para a imprensa, e sai de um jeito não exatamente como gostaríamos. Mas em nome da liberdade de expressão temos que aceitar. Temos que entender que a nossa não é a palavra final, e sim a do jornalista. É importante a liberdade e a multiplicidade de opiniões”, disse.
Além de destacar o papel atuante da Justiça Eleitoral no Estado, o desembargador acrescentou: “os magistrados ficam 99% do tempo dedicados aos processos. Mas é importante sair, conhecer mais de perto a sociedade. O magistrado pode circular mais pelos meios culturais, sociais e, assim, melhorar sua relação com a sociedade. Precisamos também utilizar linguagem mais acessível ao grande público, usar o coloquial de maneira não vulgar, de forma a esclarecer ao maior número possível de cidadãos sobre as grandes decisões da Justiça”, conclui.