AMC participa de comissão que realiza estudo sobre saúde dos magistrados
A Comissão de Saúde do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ/SC) reuniu-se, na última sexta-feira, para discutir formas e métodos para diagnosticar os problemas de saúde que mais atingem os magistrados. De acordo com a juíza Cintia Gonçalves Costi, indicada pela Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC) para integrar a comissão, concluída esta fase, o grupo vai propor um plano de ação eficaz para prevenção e tratamento de doenças voltado para os juízes catarinenses.
Segundo a magistrada, tanto o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) quanto os tribunais vem demonstrando atenção com relação à saúde dos magistrados, isto porque o número de afastamentos por doenças vem crescendo nos últimos anos. “Ninguém ignora toda a complexidade da profissão do magistrado, o estresse a que somos submetidos diariamente. A Reforma do Judiciário trouxe benefícios inegáveis, mas também acarretou uma exposição muito maior na mídia. O estabelecimento de metas e de novas funções que somente aumentam o trabalho do Juiz na coordenação e fiscalização do bom andamento do Judiciário, afastando-o da sua função fim, que é o julgamento dos processos, aliado a falta de estrutura correspondente, aumenta ainda mais as dificuldades da profissão”, ressalta.
O trabalho da Comissão está sob o comando do Corregedor Geral da Justiça, desembargador Vanderlei Romer, da qual também participam o diretor de Saúde do TJ/SC, Renato Grillo Flach, do juiz-corregedor Antonio Zoldan da Veiga, e o juiz Marcelo Pizolatti, assessor especial da Presidência do TJ/SC. “Nosso Corregedor-Geral mostra-se bastante preocupado com o magistrado catarinense, com sua saúde e também com a preocupação do juiz eventualmente não se reconhecer doente, ou o fazendo, não querer demonstrar tal situação ao TJ e aos jurisdicionados. A importância da Comissão reside na intenção da Corregedoria e Presidência em estenderem a mão aos juízes com a intenção única de ajudá-los, tendo como objetivo final o fortalecimento do Judiciário Catarinense, através do fortalecimento de seus membros”, enfatiza Cintia Costi. Além dos magistrados, o desembargador Vanderlei Romer tem destacado que o trabalho também vai envolver os servidores do Poder Judiciário.
A Comissão já possui estatísticas do setor de saúde do TJ e está trabalhando na nova coleta de dados, sobretudo porque existem muitos magistrados que ingressaram recentemente na carreira. Cintia Costi acrescenta que a questão da saúde dos magistrados é uma das prioridades da atual gestão da AMC, presidida pelo juiz Sérgio Luiz Junkes. “Tanto que foi criada uma Diretoria para tratar do assunto. Estamos em constante evolução nos projetos junto ao TJ e também junto a UNIMED e esperamos poder apresentar resultados relevantes no menor tempo possível”, finaliza.