“Precisamos confiar na capacidade do homem de resolver os seus problemas”, afirma a juíza Quitéria Péres sobre a mediação de conflitos

talk show "Conversando com os residentes sobre mediação" trouxe, na tarde desta sexta-feira (16/3), as juízas Quitéria Péres e Janiara Maldaner para falar sobre os avanços e desafios da busca pela cultura da paz. O evento, uma realização da Escola Superior da Magistratura do Estado de Santa Catarina (Esmesc), teve como entrevistadoras as autoras do livro "Mediação de conflitos: teoria e prática", Jéssica Gonçalves e Juliana Goulart.

A abertura do Encontro de Residentes Judiciais contou, ainda, com a participação do professor da Esmesc Gabriel Henrique Collaço, que fez uma breve explanação por vídeo direto da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), órgão do STJ, em Brasília.

Primeira entrevistada, a juíza Quitéria Péres falou sobre a importância da transformação da cultura litigiosa em cultura de paz. “A vida não foi feita para o Direito. O Direito que foi feito para a vida. No campo da conciliação, estamos caminhando, ainda, em passos lentos. Mas vejo que há um movimento. Hoje, se fala tanto em tecnologia, no uso da inteligência artificial. Claro que tudo pode agregar, mas precisamos confiar, em primeiro lugar, no ser humano, na capacidade do homem de resolver os seus problemas”, destacou.

Na sequência, a juíza Janiara Maldaner abordou a importância da sociedade se perceber como parte desse sistema de Justiça restaurativa. “Vivemos, hoje, numa sociedade extremamente individualista, onde falta comunicação. Quem me dera, como juíza, poder ouvir de fato a necessidade das partes envolvidas. Acho que precisamos refletir: quais são os valores que queremos passar para a próxima geração? O que queremos enquanto sociedade? E, claro, nunca esquecer que cada processo tem uma vida por trás”, assinalou.

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