ENTREVISTA: Novo Vice-Presidente do TJ/SC auxiliará na busca por mais efetividade e transparência

“O atual cenário econômico exige dos gestores públicos parcimônia nos gastos, mas ao mesmo tempo criatividade para que a máquina pública não fique engessada”, ressalta o novo Vice-Presidente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ/SC), Desembargador Alexandre D’Ivanenko, que assumirá o cargo na próxima sexta-feira, 29. Nesta entrevista, ele falou sobre as suas prioridades e expectativas na nova função. Confira:

AMC: Ao assumir a Vice-Presidência, quais as suas expectativas?

Desembargador Alexandre D’Ivanenko: Ao mesmo tempo em que me sinto honrado em ter meu nome sufragado pelos colegas Desembargadores para atuar em tão destacada função, tenho ciência da minha responsabilidade e dos desafios que teremos pela frente. O atual cenário econômico exige dos gestores públicos parcimônia nos gastos, mas ao mesmo tempo criatividade para que a máquina pública não fique engessada. Ao longo dos próximos dois anos, pretendo dar seguimento ao grandioso trabalho desempenhado pelos meus antecessores e em parceria com a Presidência e demais órgãos do Poder Judiciário avançar ainda mais na efetividade dos serviços, sempre pautado na transparência.

AMC: Quais serão suas atribuições? O que considera importante fazer primeiramente?

Desembargador Alexandre D’Ivanenko: As atribuições são aquelas previstas no Ato Regimental n. 48/2001-TJ, dentre as quais destaco a presidência das comissões e os pedidos de suspensão de segurança. Penso ainda que a Vice-Presidência poderá vir a assumir outras funções que possam auxiliar a Presidência do Tribunal, desonerando-a um pouco do elevado número de atribuições. Inicialmente considero importante dar seguimento ao concurso da Magistratura, iniciar os trâmites para novo concurso na atividade notarial e de registro em atenção às determinações do CNJ, e iniciar uma revisão do Código de Divisão e Organização Judiciárias, atentando ainda para a situação do concurso de servidores já concluído.

AMC: O Senhor acha que o brasileiro recorre muito à Justiça? O que pode ser feito para termos um Judiciário mais célere?

Desembargador Alexandre D’Ivanenko: Sem dúvida a instabilidade social e econômica que há muito assola nosso país é fator preponderante para o elevado número de litígios. Ao Judiciário, por força de comando constitucional cumpre dar a solução a esses litígios da forma mais ágil possível. E em busca dessa celeridade e da própria efetividade tenho como imperioso o investimento em pessoal e em tecnologia, esta tendo como carro chefe o processo eletrônico. E, primordialmente, a conciliação tem de ser a maior aliada nessa busca da celeridade. Neste tocante penso que um grande avanço é a instalação dos CEJUSC – Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania, que já se iniciou no Judiciário catarinense. Ainda, inclui-se o comprometimento de todos os setores do Poder Judiciário (Juízes, Servidores e auxiliares), na busca de sugestões inovadoras, as quais estarei sempre aberto a ouvir, verificar o funcionamento e eventualmente aplicá-las.

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