Magistradas catarinenses participam de curso sobre Justiça Restaurativa

No momento em que as discussões em torno da redução da maioridade penal ocupam lugar de destaque entre as pautas debatidas pela Sociedade, o Brasil deu um importante passo para garantir a implementação de um sistema eficaz para a responsabilização de adolescentes em conflito com a lei.

O País passa a compor a Declaração Ibero-Americana sobre Justiça Juvenil Restaurativa, ou Declaração de Cartagena, aprovada por unanimidade, em maio, pelos Países Ibero-Americanos durante a XIX Assembleia Plenária da Conferência de Ministros de Justiça dos Países Ibero-Americanos (COMJIB), na República Dominicana. Apresentada durante o curso de Justiça Restaurativa, entre os dias 22 e 24 de julho, promovido pela Escola Nacional da Magistratura (ENM), da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), em Brasília, a declaração contou com o apoio da associação durante a fase de elaboração e terá o apoio da Magistratura brasileira durante a implementação no País.

A Justiça de Santa Catarina esteve representada pela seguinte comitiva: a Juíza Cinthia Beatriz Bittencourt Schaefer, subcoordenadora dos Programas de Solução de Conflitos do Conselho Gestor do Tribunal de Justiça; a Juíza Joana Ribeiro, titular da 1ª Vara Cível de Tijucas e membro da Coordenadoria Estadual da Infância e da Juventude (Ceij); a Juíza Naiara Brancher, titular da Vara Criminal de Camboriú e membro da diretoria da AMC; e a Assistente Social Lilian da Silva Domingues, secretária da Ceij.

Entre os principais objetivos do documento estão a construção de um Sistema de Justiça Juvenil para responsabilização de adolescentes em conflito com a lei e a adoção de um compromisso comum por parte dos Países Ibero-Americanos no âmbito dos princípios de responsabilização e reparação do dano causado à vítima, a partir de um enfoque restaurativo para os adolescentes infratores. O documento também destaca a necessidade de promoção de medidas alternativas no lugar do encarceramento e da segregação.

Ao longo de 14 artigos, a Declaração de Cartagena busca incentivar os Países Ibéricos na adoção de medidas que garantam a implementação de um modelo restaurativo com participação da comunidade. Depoimentos sobre práticas restaurativas nos Estados, plenária de mobilização e aprovação da Carta da Justiça Restaurativa do Brasil marcaram o curso de Justiça Restaurativa, promovido na sede do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF), em Brasília, e que contou com representantes de 24 Estados. (Com informações da Assessoria de Imprensa da AMB).

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