Mapeamento Social traduz a realidade da magistratura catarinense

Depois de entrevistar 172 magistrados e percorrer todas as regiões do Estado, o Setor de Serviço Social da Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC) oferece um retrato da vida e carreira dos juízes. O Mapeamento Social apresenta a situação sócio-econômica, familiar e de saúde dos associados e o alcance da representatividade da instituição. A apresentação dos resultados será durante o evento “Saúde em movimento”, no dia 20 de setembro, às 14h, na sede administrativa, em Florianópolis (SC).

O documento, que é um extrato das 14 coordenadorias da AMC, tem a finalidade subsidiar com dados técnicos a atuação dos setores e departamentos da entidade. Além de colaborar com o trabalho da psicóloga e assistente social, o levantamento é base para os pleitos e atuação política da Associação. “Ajuda a enxergar a instituição em todo o seu contexto”, avalia a assistente social da AMC, Cristiane Marques.

Entre as impressões, o Mapeamento mostra que as mudanças no Poder Judiciário têm implicações intensas na carreira e consequências diretas na vida dos magistrados. “Um exemplo é o adoecimento de muitos magistrados”, revela Cristiane. Outro ponto importante é o volume de trabalho diário. “Muitos juízes levam demandas para casa e não tem uma rotina definida, com horário de almoço e sono”, pontua a assistente social. Os reflexos de quem já passou pela carreira também compõem o levantamento, com a observação dos aposentados e pensionistas.

O trabalho desenvolvido pela AMC é inédito e integra o rol de ações programadas pela atual gestão para verificar o nível de qualidade de vida dos magistrados catarinenses. “Há muito estamos acompanhando a situação dos colegas, que, com toda a razão, têm se queixado dos sacrifícios e excessos a que são submetidos para dar conta da enorme demanda de trabalho. Os juízes têm sido cada vez mais cobrados por sua produtividade, não só pela opinião pública como também pelos seus órgãos de controle, como é o caso do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Pretendemos com esse estudo retratar a situação da magistratura no tocante à qualidade de vida de seus membros. Esperamos que este trabalho sirva de alerta e desencadeie uma nova cultura de valorização e proteção à saúde dos magistrados”, ressalta o presidente da AMC, juiz Sérgio Luiz Junkes.     

No mesmo dia, a psicóloga Olívia Schwalb Seleme fará uma palestra sobre o estresse do cotidiano e os desafios de viver bem.  Ela abordará os conceitos de saúde física, emocional e social com foco na maior qualidade de vida.

Para participar, basta entrar em contato até o dia 13 de setembro pelo e-mailassistenteadm@amc.org.br ou (48) 3231-3033, com Flávia Magalhães. As inscrições são gratuitas para associados e acompanhantes.

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