Comarca de Araranguá estuda restringir ainda mais a entrada de adolescentes em bares e casas noturnas

A restrição da entrada a menores de 16 anos desacompanhados em bares e casas noturnas da região foi tema de debate durante o primeiro encontro do “Reunindo a Rede”, realizado nesta terça-feira, 19, no Fórum de Araranguá. “Hoje é permitida a entrada de adolescentes a partir dos 15 anos, permissão essa que se alarga para 14 anos durante a temporada de verão. Foi assunto levantado pelos delegados de polícia, que observaram a necessidade de uma restrição maior, o que gerou um debate interessante”, disse a juíza da 3ª Vara Cível da Comarca de Araranguá, Caroline Bündchen Felisbino Teixeira, que presidiu a reunião.

Coordenado pela magistrada, o “Reunindo a Rede” é um projeto que visa a mobilizar todas as entidades e autoridades que realizam trabalhos ligados a crianças e adolescentes, para a reintegração da rede de proteção da infância e juventude nos três municípios que compõem a Comarca – Araranguá, Maracajá e Arroio do Silva.

Para a juíza Caroline Bündchen Felisbino Teixeira, somente um trabalho em rede envolvendo todos os atores ligados à área poderá mudar a triste realidade de crianças e adolescentes que vivem em situação de vulnerabilidade social. “É preciso acertar a sintonia entre as entidades e autoridades. Esta primeira reunião, que não tinha pauta pré-definida, serviu para as pessoas se conhecerem e passarem a falar a mesma língua. A partir de então, poderemos definir estratégias conjuntas de ação”, conta.

Participaram da reunião a magistrada, o promotor de justiça da infância e juventude, o presidente da subsessão da OAB, o prefeito de Araranguá, Sandro Maciel, vereadores, delegados de polícia, policiais militares, representantes das secretarias de assistência social, saúde e educação, conselheiros tutelares, representantes da instituição de acolhimento e da casa de semi-liberdade, oficiais da infância e juventude, dentre outras pessoas ligadas à área.

Segundo a juíza, há a necessidade de ajustes importantes no setor. “É uma oportunidade para que cada um possa expor seu trabalho, debater os problemas e, em conjunto, encontrar soluções, que na maioria das vezes são comum a vários agentes”, ressalta. O projeto já havia sido implantado em Canoinhas pelo juiz Fernando de Castro Farias e lá foi reativado pela magistrada quando à frente do Juizado da Infância e Juventude.

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