Desembargador Marcus Faver: a inexistência do ATS é uma estupidez administrativa

Por Carolina Pompeo

A Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC) realizará, no dia 09 de novembro, o Encontro Estadual sobre a Reestruturação da Carreira da Magistratura: o restabelecimento do ATS como uma medida necessária e viável. O objetivo do evento é fomentar o debate e incentivar a participação e o engajamento de toda a classe a propósito deste pleito inadiável e de extrema importância para a magistratura.

Diante da importância dos temas a serem tratados no Encontro, a AMC dá seguimento às entrevistas com magistrados brasileiros que estarão presentes no evento a fim de saber como se posicionam diante da problemática do restabelecimento do ATS. O entrevistado de hoje é o Desembargador Marcus Faver, presidente do Colégio de Presidentes de Tribunais de Justiça.

 

AMC – Qual avaliação que o senhor faz de um evento como este, voltado às discussões sobre a carreira da magistratura?

Des. Marcus Faver – A Magistratura brasileira passa por um momento delicado, verificando-se um verdadeiro desestímulo à carreira por diversos motivos. A recuperação da autoestima só será conseguida com a recuperação de atributos e a união de toda classe. Assim, o Encontro patrocinado pela Associação dos Magistrados Catarinenses revela-se de acentuada importância e vai gerar frutos.

AMC – O que o senhor pensa a respeito do restabelecimento do Adicional por Tempo de Serviço (ATS)?

Des. Marcus Faver – Numa instituição com carreira organizada hierarquicamente, como é a magistratura, o estabelecimento do ATS é fundamental, pois não é justo, nem racional, que um juiz que ingresse hoje na carreira, venha a perceber remuneração idêntica a de um juiz que tenha cinco, dez, vinte anos de exercício. É uma estupidez administrativa. O estudo sobre o ATS encomendado pela AMC é ótimo e veio trazer luzes sobre o problema.

 

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