amc
Histórico
A Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC) foi fundada no dia 20 de fevereiro de 1961, na cidade de Florianópolis. Naquela data, doze magistrados reuniram-se na sala da biblioteca do Tribunal de Justiça (que funcionava então em prédio situado na Praça Pereira Oliveira), e decidiram criar a AMC, com a finalidade de “defender os interesses da classe, ampará-la, manter um perfeito entrosamento social entre seus associados, e dar assistência moral e efetiva aos mesmos” (Ata de fundação). Constituiu-se, então, uma diretoria provisória, com a incumbência de dirigir a novel entidade até sua definitiva constituição e elaborar o anteprojeto do Estatuto social.
A Diretoria provisória ficou assim constituída:
• Presidente: Dr. Euclydes de Cerqueira Cintra;
• Vice-Presidente: Dr. João Thomaz Marcondes de Mattos;
• Secretário: Dr. Jaymor Guimarães Collaço
Menos de cinco meses depois, no dia 8 de julho, a AMC veio a ser definitivamente formada, com a realização da assembléia geral de constituição, presentes vinte e oito magistrados.
Idealismo, perseverança e cooperação foram os três atributos com os quais o desembargador José Rocha Ferreira Bastos, então proclamado Presidente, conseguiu solidificar uma idéia que alguns anos antes já povoava a cabeça dos magistrados catarinenses.
Nada mais justo, portanto, que após a fundação, constituída e com Estatuto devidamente elaborado, Ferreira Bastos fosse guindado à direção da entidade. Ao seu espírito empreendedor, coletivo e agregador, aliou-se a cooperação e o entusiasmo do pequeno grupo de magistrados interessados em levar adiante a idéia da AMC.
Na primeira diretoria, coube a presidência de honra ao Desembargador Severino Nicomedes Alves Pedrosa, a vice-presidência ao Desembargador Eugênio Trompowsky Taulois Filho, a secretaria-geral ao Dr. Euclydes de Cerqueira Cintra, a primeira secretaria ao Dr. Jaymor Guimarães Collaço, a segunda secretaria ao Dr. Waldemiro Cascaes, a primeira tesouraria ao Dr. João Thomaz Marcondes de Mattos e a segunda tesouraria à Dra. Thereza Grisólia Tang.
É compreensível que as novas gerações tenham dificuldade em compreender os desafios superados para a constituição da AMC. De fato, ao constatar que hoje se trata de uma entidade forte, respeitada e representativa, a Associação transmite a sensação de que o seu desenvolvimento foi uma conseqüência natural do tempo. Os mais antigos, entretanto, sabem que o fortalecimento da classe e da instituição não foi tão fácil como se pode imaginar.
Sem uma sede própria e com um reduzido número de participantes, a recém-fundada Associação dependia do Tribunal de Justiça do Estado – e de sua biblioteca, por exemplo – para promover suas reuniões.
O grande desejo de contar com um espaço próprio e o tempo que se levou para conquistá-lo dão a exata noção de como foram árduas as duas primeiras décadas da AMC.
Entre a fundação da entidade, em 1961, a doação do terreno em Cachoeira do Bom Jesus, pelo então governador Colombo Machado Salles, no início da década de 70, e a construção da bela sede balneária, nos primeiros anos da década de 80, lá se foram mais de vinte anos.
Foi determinante o empenho do presidente Euclydes de Cerqueira Cintra, outro idealizador da AMC e homem de enorme importância na constituição da entidade, para que o terreno doado pelo Governo do Estado não retornasse ao patrimônio do Poder Executivo anos depois da doação.
O difícil acesso a Canasvieiras, somado à proximidade da antiga Colônia Penal, escassez de recursos financeiros e ausência completa de água e luz, dificultaram sobremaneira a tarefa de aterrar o terreno. Nos sete anos em que esteve à frente da AMC, de 1972 a 1979, o presidente Cerqueira Cintra conseguiu literalmente preparar o terreno para a construção da sede balneária. E foi justamente na primeira gestão do então desembargador Hélio de Melo Mosimann (posteriormente ministro do Superior Tribunal de Justiça), entre 1979 e 1981, que se iniciou a urbanização da sede.
A eleição do então juiz Paulo Benjamin Fragoso Gallotti (hoje ministro do Superior Tribunal de Justiça), em dezembro de 1989, representou significativa mudança no quadro de presidentes da AMC. Presidida desde sua fundação por desembargadores, a Associação, após vinte e oito anos de existência, elegeu enfim um juiz de direito.
Nos quatro anos em que permaneceu à frente da Associação (1989-1993), Gallotti iniciou uma fase de consolidação da entidade. Resolvida a questão da sede balneária e já contando com um grupo considerável de associados, o então Presidente levou adiante o desafio de solidificar e fortalecer a AMC. Prova disso foi a aquisição da primeira sede urbana, localizada na Av. Hercílio Luz, no centro de Florianópolis.
Ainda nos anos 90, outro fato marcante na história da AMC foi a doação, feita pelo governo do Estado, do terreno localizado no bairro Itacorubi, conquista ocorrida na gestão do então juiz Marco Aurélio Gastaldi Buzzi, hoje desembargador do Tribunal de Justiça. O antigo sonho de construir uma nova sede administrativa, moderna e funcional, que proporcionasse visibilidade física de igual proporção ao espaço institucional ocupado pela Associação na discussão dos problemas que afligem a sociedade catarinense, acabou ocorrendo em 2003, graças ao empenho do então presidente da entidade, Juiz Rodrigo Tolentino de Carvalho Collaço, e de sua Diretoria, além do apoio do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina e do esforço conjunto de todos os magistrados catarinenses.
CONFIRA A LISTA COMPLETA DOS PRESIDENTES DA AMC*
1961 – 1968: desembargador José Rocha Ferreira Bastos;
1968 – 1972: desembargador Belisário Ramos da Costa;
1972 – 1979: desembargador Euclydes de Cerqueira Cintra;
1979 – 1981: desembargador Hélio de Melo Mosimann;
1981 – 1983: desembargador Nauro Luiz Guimarães Collaço;
1983 – 1987: desembargador João Martins;
1987 – 1989: desembargador Hélio de Melo Mosimann;
1989 – 1993: juiz Paulo Benjamin Fragoso Gallotti;
1993 – 1995: desembargador Nestor José da Silveira;
1995 – 1997: juiz César Augusto Mimoso Ruiz Abreu;
1997 – 1999: juiz Marco Aurélio Gastaldi Buzzi;
1999 – 2003: juiz Rodrigo Tolentino de Carvalho Collaço;
2003 – 2006: juiz Ricardo José Roesler;
2006 – 2009: juiz José Agenor de Aragão;
2009 – 2012: juiz Paulo Ricardo Bruschi;
2012 – 2015: juiz Sérgio Luiz Junkes;
2015 – 2018: juiz de Direito de 2º grau Odson Cardoso Filho;
2018 – 2021: juíza Jussara Schittler dos Santos Wandscheer;
2021 – 2024: juiz Marcelo Pizolati;
Atualmente 2024-2027: Juíza Janiara Maldaner Corbetta